A Nova era do Cibercrime no Brasil: Silenciosa, direcionada e devastadora

O cibercrime no Brasil não é mais o mesmo. Se antes predominavam ataques genéricos e massivos, hoje enfrentamos ofensivas silenciosas, direcionadas e devastadoras, conduzidas por grupos altamente organizados. No artigo desenvolvido por Dalton Santos, Ethical Hacker Senior da Cipher, você vai entender como os criminosos digitais têm se profissionalizado, explorando vulnerabilidades específicas e aplicando metodologias de ataque semelhantes às usadas por especialistas em segurança — mas com um diferencial: o silêncio até o momento do impacto.
Ataques sob medida: Quando a inteligência cibercriminosa antecede a defesa
Nos últimos anos, o cenário da cibersegurança no Brasil passou por uma transformação drástica. O que antes era dominado por ataques genéricos e oportunistas evoluiu para operações cirurgicamente planejadas por cibercriminosos cada vez mais profissionais. Estamos diante de uma nova era do cibercrime silenciosa, direcionada e altamente lucrativa.
Ao contrário dos ataques massivos que buscavam atingir o maior número possível de vítimas de forma aleatória, os criminosos agora escolhem seus alvos com base em inteligência prévia. Eles acessam bancos de dados vazados na dark web, compram credenciais legítimas de funcionários, monitoram exposições de sistemas e constroem campanhas precisas, muitas vezes invisíveis até que o dano esteja consumado.
Essa mudança de perfil tem um impacto brutal no ecossistema empresarial brasileiro. Segundo dados da HackerSec, o Brasil registrou 23 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos apenas no primeiro semestre de 2023 um volume que coloca o país como o mais visado da América Latina. Mas o número, por si só, não é o maior problema. O que preocupa especialistas é a sofisticação e o direcionamento dessas ofensivas.
Grupos cibercriminosos passaram a operar como verdadeiras organizações, com divisão de tarefas, financiamento estruturado e metas claras: explorar vulnerabilidades específicas, obter retorno financeiro e, quando necessário, destruir reputações corporativas. Essas operações envolvem táticas avançadas de reconhecimento, engenharia social, ransomware direcionado e, cada vez mais, exploração de fornecedores e terceiros criando um efeito dominó devastador em cadeias de fornecimento inteiras.
Infelizmente, muitas empresas brasileiras ainda tratam cibersegurança de forma reativa. A crença de que um bom antivírus e um firewall configurado são suficientes para garantir proteção tem se mostrado fatal. Em um ambiente onde as ameaças são inteligentes e persistentes, pensar em segurança apenas como um gasto operacional e não como um investimento estratégico pode colocar em risco a própria continuidade do negócio.
Hoje, os cibercriminosos utilizam as mesmas metodologias que especialistas em Red Team e pentesters profissionais com uma diferença essencial: eles não avisam quando encontram uma brecha. Enquanto times de segurança realizam simulações para ajudar na correção preventiva de falhas, os atacantes agem em silêncio, explorando as vulnerabilidades para causar o máximo de dano.
A resposta a essa nova ameaça precisa ser proporcional. É fundamental que as empresas adotem uma postura ofensiva na cibersegurança: realizar testes de intrusão reais, mapear continuamente a superfície de ataque, aplicar hardening em sistemas críticos e monitorar constantemente sua exposição digital. Mais do que proteger, é preciso antecipar.
Um ponto crítico levantado pela HackerSec é que os criminosos não atacam apenas a “empresa-alvo”. Eles comprometem parceiros, fornecedores, ferramentas terceirizadas e até sistemas legados esquecidos dentro da infraestrutura. Isso amplia exponencialmente a superfície de ataque e exige que o conceito de segurança seja aplicado em toda a cadeia.
Conclusão: A resposta está na antecipação, não na reação
A pergunta que líderes de segurança devem se fazer mudou. Não é mais “e se acontecer um ataque?”, mas sim “quando ele acontecer, estaremos preparados?”. A resposta precisa incluir processos maduros, tecnologias eficazes e, acima de tudo, uma cultura de segurança enraizada em todos os níveis da organização.
Nesse contexto, a Cipher se posiciona como uma aliada estratégica na construção de ambientes digitais resilientes. Com soluções de xMDR (Extended Managed Detection and Response), serviços especializados de Red Team, simulação de ataques reais, pentests avançados e monitoramento contínuo, a Cipher ajuda empresas a pensarem como atacantes antes que os atacantes pensem nelas.
Segurança reativa já não basta. É hora de evoluir para uma postura ofensiva, inteligente e preventiva. Com a Cipher ao lado, sua empresa não apenas responde a ameaças ela as antecipa.
Não espere ser surpreendido. Antecipe-se aos atacantes.
Com tecnologia avançada e um time de especialistas, a Cipher ajuda sua empresa a se preparar contra as novas formas de cibercrime. Fale agora com um de nossos consultores.