Monitoramento 24×7: o que realmente significa

Dizer que um SOC oferece monitoramento 24×7 virou lugar-comum no mercado de cibersegurança. Mas será que todas as empresas que prometem isso entregam de fato? Ou será que estamos falando apenas de alertas automáticos sem resposta humana fora do horário comercial?
Neste artigo, explicamos o que realmente significa operar um SOC com monitoramento 24×7, por que isso é tão crítico em um cenário de ataques constantes e como diferenciar promessas de entregas reais. Mostramos:
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A diferença entre SOC 8×5 e 24×7
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Como funcionam os turnos e escalonamento
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Um infográfico com o fluxo de tratamento de alertas
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Um estudo de redução de MTTR com operação contínua
Se você está avaliando um parceiro de MSS ou revendo sua estratégia de defesa, este conteúdo ajuda a separar o discurso da realidade.
O que é monitoramento 24×7, na prática?
Monitoramento 24×7 significa que existe uma equipe de analistas humanos ativos, em tempo real, cobrindo 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo:
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Madrugada
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Finais de semana
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Feriados
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Períodos de ausência ou férias
Não basta que o sistema esteja funcionando — é preciso haver capacidade de resposta imediata, com registro, análise e acionamento conforme o nível de criticidade do alerta.
SOC 8×5 vs SOC 24×7: qual a diferença real?
Muitos SOCs internos operam no modelo 8×5 (horário comercial). Fora desse horário, os alertas são armazenados, e-mails são enviados, e eventualmente alguém será acionado no dia seguinte.
Já no modelo 24×7, o fluxo é contínuo:
Aspecto |
SOC 8×5 |
SOC 24×7 |
Cobertura |
Segunda a sexta, horário comercial |
Todos os dias, 24 horas |
Triagem de alertas |
Apenas durante o expediente |
Imediata, em qualquer horário |
Tempo de resposta (fora do expediente) |
Acionamento manual, com atraso |
Automático e com analista de prontidão |
Escalonamento |
Limitado a horário comercial |
Automatizado e contínuo |
Registro de incidentes |
Pode haver perda de dados ou atraso |
Registro em tempo real e rastreável |
Resumo: monitoramento 8×5 é suficiente para compliance mínimo. Mas para proteção real, especialmente contra ataques automatizados e ransomware, o 24×7 é essencial.
Como funciona a escala de um SOC 24×7
Para cobrir 24 horas por dia, é preciso ter turnos sobrepostos, folgas programadas e cobertura de incidentes complexos. Um modelo típico inclui:
Turno 1: manhã (06h–14h)
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Analistas N1 e N2
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Cobertura de abertura de chamados e análise inicial
Turno 2: tarde (14h–22h)
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Analistas N1, N2 e 1 N3 escalável
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Triagem de alertas, correlação, resposta a incidentes ativos
Turno 3: madrugada (22h–06h)
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Analistas N1 e plantonista de N2
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Cobertura de alertas críticos, acionamento automatizado
Sobreposição entre turnos garante continuidade sem gaps. Escalamento é definido por SLA e playbooks, com acionamento de especialistas conforme criticidade.
Fluxo de tratamento de alertas em operação 24×7
[Alerta gerado]
↓
[Triagem automática (SIEM/xMDR)]
↓
[Análise inicial – Analista N1 em tempo real]
↓
→ Incidente irrelevante → encerrado com evidência
→ Suspeito ou crítico → escalonado para N2/N3
↓
[Resposta conforme playbook]
↓
[Registro + comunicação com cliente]
↓
[Encerramento com plano de ação e relatório]
Esse fluxo ocorre a qualquer hora do dia, com registro contínuo e rastreabilidade total. Isso diferencia um SOC operacional de uma central apenas reativa.
Estudo real: impacto do 24×7 na redução de MTTR
Cenário: empresa do setor logístico, com operação nacional e presença em múltiplos fusos. Ataques ocorrendo fora do horário comercial não eram detectados a tempo.
Antes (SOC 8×5):
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MTTR médio: 19 horas
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Incidentes detectados na manhã seguinte
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Falha na contenção de ransomware em duas ocasiões
Depois (SOC 24×7 da Cipher):
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MTTR médio: 2h45
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Detecção em tempo real, inclusive à 1h da manhã
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Contenção de ataque lateral em menos de 1 hora, fora do expediente
Conclusão: com equipe ativa 24×7, o SOC passou a responder ainda durante o ataque — não horas depois. Isso reduziu perdas, tempo de indisponibilidade e custo com mitigação.
Por que o 24×7 importa tanto hoje?
Os atacantes não seguem horário comercial. Ferramentas de ataque automatizado, como ransomware-as-a-service, atuam de madrugada justamente para evitar resposta rápida.
Além disso:
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Ataques via VPN, RDP ou credenciais expostas ocorrem em horários aleatórios
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Sistemas em cloud funcionam sem parar
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Regulamentos (como LGPD e ISO 27001) exigem resposta rápida a incidentes
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SLA de clientes pode depender de detecção imediata
Como saber se um fornecedor entrega monitoramento 24×7 real?
5 perguntas para validar:
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Existe equipe alocada fisicamente ou virtualmente no turno da madrugada?
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Quais analistas estão disponíveis entre 22h e 6h?
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O SLA cobre resposta a incidentes fora do expediente?
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Há histórico de contenção fora do horário comercial?
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Existe escalonamento documentado com playbooks ativos?
Se as respostas forem vagas ou evasivas, é provável que o 24×7 seja apenas uma promessa comercial.
Conclusão: 24×7 não é luxo, é base mínima
Empresas que querem proteger seus ativos, evitar prejuízos com ataques fora do horário comercial e atender aos requisitos modernos de segurança precisam de um SOC que opere 24×7 de verdade.
Esse modelo reduz o MTTR, aumenta a resiliência operacional e protege a empresa quando ela está mais vulnerável: de madrugada, nos feriados, e nos finais de semana
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