Ferramenta sozinha não resolve: o fator humano em segurança da informação

Quando o assunto é segurança da informação, a primeira reação de muitas empresas é investir pesado em tecnologia de ponta. Ferramentas avançadas como EDRs, firewalls e SIEMs são vistas como a solução definitiva contra ameaças. Mas, como destaca Eduardo Oliveira, PS Leader da Cipher, tecnologia sozinha não garante proteção. O fator humano — quem configura, monitora e responde — é o que realmente faz a diferença.

Na hora de investir em segurança da informação, muitas empresas apostam todas as fichas em tecnologias e ferramentas caras. Compram EDR de última geração, firewall com inspeção profunda, antivírus com IA, SIEM com dashboards bonitos e alertas em tempo real.  

Essas empresas acham que estão seguras, mas a realidade é outra: ferramenta sozinha não resolve nada. O que protege, de fato, é o que se faz com ela. 

 

Segurança não é “plug and play”

 

Muita gente ainda acredita que basta contratar a melhor solução do mercado e "instalar", que a proteção vem embutida no preço da licença. Só que segurança da informação não funciona assim. 

Um EDR pode ter todos os recursos avançados possíveis, mas se ninguém estiver analisando os alertas, ajustando as políticas e fazendo hunting, ele vira só mais um ícone na bandeja do sistema. 

Um firewall pode estar ativo, mas com regras mal definidas, liberando tráfego perigoso sem ninguém perceber. 

E aquele SIEM que prometia visibilidade total? Está lá, gerando 10 mil alertas por dia... e não há equipe que consiga tempo para analisar todas. 

 

Pessoas são o elo mais importante 

 

Sempre que falamos em segurança, o fator humano é apontado como o elo mais fraco. Mas aqui, quero trazer outra perspectiva: ele é, na verdade, o elo mais importante. 

Porque quem configura as ferramentas são pessoas. Quem define as políticas são pessoas. Quem responde aos alertas, investiga, ajusta e melhora o ambiente... são pessoas. 

Sem uma equipe capacitada, com tempo, método e experiência prática, as ferramentas de segurança viram caixas pretas subutilizadas, ou pior, passam uma falsa sensação de proteção. 

 

Segurança é processo contínuo 

 

Outro erro comum é achar que segurança é um projeto com começo, meio e fim. Que depois da “implantação” está tudo certo. 

Na prática, é o contrário: segurança é atividade contínua. É preciso revisar regras, analisar comportamentos, acompanhar vulnerabilidades, responder a incidentes e ajustar políticas. 

Tudo isso exige um time. Só que montar uma equipe interna completa, com especialistas em cada solução, não é viável para a maioria das empresas: nem em custo, nem em retenção de talentos. É aí que os serviços gerenciados entram como solução estratégica. 

 

MSS: pessoas + ferramentas + processos 

 

Com um MSS (Managed Security Services), a empresa não compra somente as ferramentas, ela contrata uma operação de segurança, com especialistas que conhecem as tecnologias, têm processo, sabem o que estão fazendo e entregam resultado. 

É um modelo que combina: 

  • Gente qualificada, focada em segurança 

  • Ferramentas bem configuradas e operadas 

  • Processos definidos, com monitoramento, resposta e melhoria contínua 

O resultado? Menos risco, mais clareza, mais controle, e tudo isso sem sobrecarregar a equipe interna. 

 

Conclusão 

 

Investir em tecnologia é necessário. Mas só vale a pena se houver pessoas certas para operar, analisar e evoluir o ambiente. Segurança não nasce da ferramenta. Ela nasce da gestão inteligente da ferramenta. 

Se sua empresa está com soluções compradas, mas sem uso efetivo, ou se sua equipe está sobrecarregada tentando "dar conta" de tudo, talvez seja hora de repensar o modelo. Porque segurança real é feita por pessoas. A tecnologia, sozinha, não dá conta. 

A segurança da informação não é um produto pronto para uso, mas um processo contínuo que exige atenção, experiência e estratégia. Apostar apenas em tecnologia pode criar uma falsa sensação de proteção, enquanto o diferencial real está na operação humana que dá vida às ferramentas. Se a sua empresa já investiu em soluções, mas sente que não está obtendo os resultados esperados, é hora de repensar o modelo. Fale com a Cipher e descubra como transformar ferramentas em resultados concretos para a sua segurança.

 

Autor: Eduardo Oliveira, PS Leader da Cipher