Confusão entre Scan, Pentest e Red Team: Entenda por que isso prejudica a segurança das empresas

Este conteúdo foi elaborado por Dalton Santos, Ethical Hacker Senior do time de RTS na Cipher, trazendo clareza sobre um erro recorrente em muitas empresas: a confusão entre scan de vulnerabilidades, pentest e exercícios de Red Team. Mais do que simples termos técnicos, essas práticas representam níveis diferentes de profundidade e objetivos na segurança cibernética. Ao compreender essas diferenças, líderes e equipes de segurança podem tomar decisões mais estratégicas, alocando recursos de forma eficaz e fortalecendo a resiliência da organização contra ameaças reais.
A segurança cibernética é uma prioridade crescente para empresas de todos os portes. No entanto, a falta de compreensão sobre a diferença entre varredura de vulnerabilidades (scan), testes de penetração (pentest) e simulações de Red Team tem colocado muitas organizações em risco. Neste artigo, vamos esclarecer essas diferenças fundamentais e explicar por que confundir essas práticas pode comprometer seriamente a segurança do seu negócio.
Entendendo cada conceito:
Scan de Vulnerabilidades
O scan é um processo automatizado que identifica vulnerabilidades conhecidas em sistemas, redes e aplicativos. Utiliza ferramentas que varrem ativos em busca de falhas como sistemas desatualizados, configurações erradas, serviços expostos ou softwares vulneráveis.
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Objetivo: Identificar falhas rapidamente e em grande escala.
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Frequência: Recomendado de forma contínua ou semanal.
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Limitação: Apenas detecta vulnerabilidades conhecidas, sem avaliar a real possibilidade de exploração.
Pentest (Teste de Penetração)
O pentest (ou teste de penetração) é uma prática de segurança ofensiva que vai além da simples identificação de vulnerabilidades.
Trata-se de um ataque simulado, conduzido por especialistas em cibersegurança, que visa explorar essas vulnerabilidades de maneira controlada para verificar até que ponto um atacante real poderia comprometer a infraestrutura, acessar dados sensíveis ou causar danos.
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Objetivo: Comprovar se as vulnerabilidades são exploráveis e medir o impacto potencial.
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Metodologia: Envolve técnicas manuais e automatizadas, com escopo definido (ex.: rede interna, externa, aplicações web).
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Resultados: Relatórios técnicos e executivos demonstrando falhas, métodos de exploração e recomendações de correção.
Red Team
O Red Team é uma prática avançada de cibersegurança que simula ataques reais e sofisticados para testar, de maneira prática, a defesa de uma organização.
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Objetivo: Avaliar a segurança como um todo (pessoas, processos e tecnologia).
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Técnicas: Uso de phishing, engenharia social, evasão de detecção, movimentação lateral e persistência.
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Diferencial: Testa a detecção, resposta e resiliência da organização diante de ataques avançados e persistentes (APT-like).
Boas práticas para evitar erros
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Conhecer profundamente o ambiente digital da empresa.
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Definir objetivos claros antes de contratar serviços de segurança.
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Entender que scan, pentest e Red Team são complementares, e não substitutos.
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Realizar scans contínuos, pentests periódicos e simulações realistas de Red Team.
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Integrar os resultados no plano de segurança e no roadmap de melhorias.
Conclusão
Confundir ou subestimar as diferenças entre scan, pentest e Red Team pode deixar vulnerabilidades críticas sem tratamento e comprometer a segurança corporativa.
A maturidade em segurança exige uma abordagem estratégica, alinhando diferentes práticas conforme a necessidade e o risco do negócio.
A Cipher | A Prosegur Company é referência em cibersegurança e pode ajudar sua empresa a estruturar um programa robusto, com integração completa entre varreduras de vulnerabilidades, testes de penetração especializados e simulações de Red Team realistas.
Com um time de especialistas multidisciplinares e experiência global, a Cipher oferece soluções personalizadas para elevar a maturidade de segurança.
Autor: Dalton Santos | Ethical Hacker Senior | RTS