Quanto custa um SOC interno? Compare com MSS

Montar um SOC interno é uma decisão estratégica para empresas que buscam maturidade em segurança cibernética. Mas a pergunta que realmente importa é: qual o custo real dessa operação no Brasil?
Neste artigo, vamos decompor os principais custos de um SOC interno — incluindo equipe 24×7, licenciamento de SIEM, encargos trabalhistas e infraestrutura — em três cenários empresariais diferentes. Depois, comparamos esse modelo ao uso de MSS (Managed Security Services), uma alternativa terceirizada que vem ganhando força no mercado.
O que envolve manter um SOC interno?
Um SOC (Security Operations Center) é a central de defesa cibernética de uma organização. Ali, profissionais especializados monitoram continuamente alertas, logs e eventos de segurança para identificar e responder a ameaças em tempo real.
Para funcionar bem, um SOC precisa de:
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Equipe técnica qualificada e disponível 24 horas por dia
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Ferramentas como SIEM, EDR, threat intelligence e automação
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Infraestrutura confiável com alta disponibilidade
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Processos bem definidos e auditáveis
É uma estrutura que exige investimento constante em tecnologia, pessoas e processos. E o custo pode crescer rapidamente.
Decompondo o custo de um SOC interno
1. Equipe 24×7
Manter cobertura total requer planejamento. Para uma única posição ativa 24 horas por dia, são necessárias ao menos 5 ou 6 pessoas, considerando turnos, folgas, férias e ausências.
As funções mais comuns em um SOC incluem:
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Analista Nível 1: faz triagem inicial de alertas
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Analista Nível 2: investiga incidentes mais complexos
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Analista Nível 3: realiza threat hunting e análise forense
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Coordenador de SOC: gerencia processos e garante SLA
Dependendo do tamanho da empresa, a equipe pode variar de 6 a mais de 20 pessoas. Além dos salários, há encargos como INSS, FGTS, férias, 13º, plano de saúde, entre outros, que podem dobrar o custo direto de cada profissional.
2. Licenciamento de SIEM
O SIEM (Security Information and Event Management) é o sistema central de coleta e correlação de eventos. Ele recebe logs de múltiplas fontes (firewalls, endpoints, servidores, nuvem) e gera alertas automáticos.
Os custos de licenciamento geralmente são calculados por volume de dados (ex: GB/dia) ou por número de fontes monitoradas. Grandes volumes exigem SIEMs robustos, o que impacta diretamente o orçamento mensal e anual.
Além disso, o SIEM precisa ser constantemente ajustado, com regras de correlação atualizadas, criação de dashboards e integração com outras ferramentas — o que exige profissionais experientes.
3. Ferramentas complementares
Além do SIEM, um SOC interno depende de:
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Sistemas EDR/XDR para endpoints
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Plataformas SOAR (orquestração e resposta)
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Threat intelligence (fontes abertas e comerciais)
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Monitoramento de vulnerabilidades
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Dashboards de gestão e compliance
Cada ferramenta adiciona custo de licenciamento, manutenção e capacitação da equipe.
4. Infraestrutura
A depender do modelo (on-premises ou cloud), é preciso garantir:
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Servidores e armazenamento
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Redundância e backup
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Rede segura e isolada
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Climatização, energia, links de internet
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Monitoramento físico (no caso de SOC físico)
Mesmo adotando cloud, custos com instâncias, tráfego, backup e suporte técnico são consideráveis.
5. Encargos trabalhistas e gestão de RH
No Brasil, contratar sob regime CLT implica em obrigações como:
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INSS e FGTS
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13º salário e férias remuneradas
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Benefícios como vale-transporte, alimentação, plano de saúde
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Custo de desligamentos e substituições
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Riscos jurídicos em caso de processos trabalhistas
Esses encargos tornam a folha de pagamento mais cara e imprevisível. Além disso, turnover é uma dor frequente em áreas de segurança: profissionais qualificados são disputados pelo mercado.
Três cenários de empresa: qual o impacto?
1. Pequenas empresas
Podem começar com uma equipe enxuta e ferramentas open source. Mas mesmo nesse cenário, manter um SOC funcional 24×7 tende a ser inviável financeiramente. O resultado é uma operação parcial, que cobre apenas horário comercial e com escopo limitado.
Valor de investimento mensal para uma pequena empresa (até 200 colaboradores) é de até R$120.000,00
2. Empresas de médio porte
Com mais recursos, tentam montar times internos e adquirir licenças básicas. Ainda assim, a curva de aprendizado, o custo de manter equipe 24×7 e a dificuldade de manter compliance com frameworks como ISO 27001 ou LGPD costumam levar à terceirização.
Valor de investimento mensal para uma média empresa (até 1000 colaboradores) é de até R$ 250.000,00
3. Grandes empresas
Podem arcar com estruturas completas, mas enfrentam desafios de escala. Quanto mais fontes de dados, maior o volume processado pelo SIEM, o que impacta performance, custo e necessidade de expansão. Além disso, manter talentos e inovação contínua exige investimentos constantes.
Valor de investimento mensal para uma grande empresa (>1000 colaboradores) é de até R$ 450.000,00
O modelo MSS como alternativa
Diante desse cenário, cresce o número de empresas que adotam MSS — serviços gerenciados de segurança. Em vez de montar tudo do zero, a organização contrata um provedor com estrutura já pronta, equipe especializada e tecnologia embarcada.
Vantagens do MSS incluem:
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Operação 24×7 garantida por SLA
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SIEM e ferramentas já integradas
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Redução de custo com folha, encargos e licenciamento
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Atualizações contínuas de inteligência contra ameaças
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Time sênior disponível sem precisar contratar diretamente
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Escalabilidade sob demanda
Além disso, o MSS permite que o time interno da empresa se concentre em estratégia, compliance e decisões críticas — não na rotina operacional de triagem de alertas.
SOC interno ou MSS? A resposta depende do seu momento
Não existe uma solução única para todas as empresas. O custo de um SOC interno no Brasil varia bastante conforme o porte da organização, as ferramentas usadas e o nível de cobertura desejado. Mas é inegável que o modelo interno exige grande investimento inicial, alto custo fixo mensal e constante atenção à gestão de pessoas e tecnologia.
Já o MSS oferece previsibilidade, especialização e entrega rápida de valor, com menor risco e menor complexidade de operação. Para muitas empresas, especialmente em contextos de transformação digital ou compliance regulatório, o MSS é o caminho mais eficiente.
Quer avaliar o que faz sentido para sua empresa?
Se sua organização está considerando montar um SOC interno ou migrar para MSS, a melhor escolha começa com entender o custo total e os benefícios de cada modelo. Nosso time pode ajudá-lo a mapear seu cenário atual e apresentar uma estimativa realista de retorno sobre o investimento.
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