Threat Hunting contínuo no xMDR – metodologia e ferramentas

A detecção reativa de ameaças não é mais suficiente. Ataques avançados passam despercebidos por dias, semanas ou até meses — mesmo em ambientes com ferramentas modernas de EDR, SIEM ou firewall de última geração. É aí que entra o threat hunting contínuo: uma abordagem ativa, sistemática e orientada por hipóteses para caçar ameaças que escapam da detecção automática.
Na Cipher, o threat hunting contínuo é parte nativa do xMDR, e não uma camada opcional. Neste artigo, você vai entender:
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Como funciona a rotina dos threat hunters
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Quais frameworks e técnicas usamos (como MITRE ATT&CK)
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Como a plataforma automatiza queries e correlações
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Os pré-requisitos de telemetria para viabilizar o hunting
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E os benefícios práticos observados em até 90 dias
Se sua empresa busca fortalecer a segurança ofensiva, este conteúdo vai mostrar como a caça a ameaças pode mudar o jogo.
O que é threat hunting contínuo?
Threat hunting é a busca proativa por ameaças ocultas dentro do ambiente corporativo — mesmo na ausência de alertas diretos. Ao contrário da detecção tradicional, que reage a eventos conhecidos, o hunting parte de hipóteses de ataque e busca indicadores de comprometimento (IOCs) sutis, como movimentações laterais, uso indevido de credenciais ou tráfego anômalo.
No modelo contínuo, essa atividade não é feita “quando sobra tempo”. Ela segue um calendário, uma metodologia e uma stack de ferramentas dedicada, garantindo buscas semanais ou diárias, com retorno claro.
Como funciona o threat hunting no xMDR da Cipher
A Cipher integra threat hunting contínuo diretamente na operação do xMDR, com base em três pilares:
1. Hipóteses baseadas em risco e setor
As hipóteses são formuladas com base em:
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Tendências de ataque ao setor do cliente
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Atividades incomuns recentes no ambiente
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Campanhas de APTs em atividade
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Gaps de visibilidade detectados nas semanas anteriores
Exemplo:
“Se um atacante conseguiu comprometer um endpoint via phishing, pode estar tentando escalar privilégios silenciosamente.”
Essa hipótese gera buscas específicas em logs de autenticação, execuções de script e alterações de grupos administrativos.
2. Frameworks de hunting aplicados
A rotina dos threat hunters da Cipher é estruturada em frameworks reconhecidos, com destaque para:
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MITRE ATT&CK: usado para mapear táticas e técnicas exploradas por atacantes
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Hunting Maturity Model (HMM): guia o nível de profundidade da caça, de buscas manuais a automações sofisticadas
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CAR (Cyber Analytics Repository): base de queries testadas para identificar atividades maliciosas
Cada ciclo de hunting é documentado, rastreável e com critérios claros de encerramento (achado ou descartado).
3. Queries automatizadas e correlação inteligente
A plataforma xMDR permite que threat hunters executem buscas complexas com base em:
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Logs de autenticação (AD, LDAP, cloud)
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Comportamento de endpoints (via EDR ou XDR)
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Tráfego de rede suspeito (NDR)
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Scripts executados via PowerShell ou Terminal
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Requisições de API fora do padrão
Com isso, é possível, por exemplo:
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Detectar movimentações laterais discretas
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Identificar uso de credenciais em horários e locais fora do padrão
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Mapear persistence via agendadores e backdoors
A automação permite que parte das hipóteses vire “regra contínua”, gerando alertas ou prevenções futuras sem intervenção manual.
Pré-requisitos do cliente para threat hunting eficaz
Para que o hunting funcione com profundidade, é necessário ter uma base mínima de telemetria confiável e acessível. Isso inclui:
📌 Checklist de pré-requisitos técnicos:
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Logs de autenticação (AD, Azure AD, Google Workspace)
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EDR implantado nos principais endpoints
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Integração com SIEM ou ferramenta de log centralizado
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Visibilidade básica de tráfego de rede (firewall, proxy, NDR)
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Acesso a informações de inventário e criticidade dos ativos
Quanto mais integrado o ambiente do cliente, mais profundo e preciso o hunting.
Benefícios obtidos em 90 dias de hunting contínuo
Empresas que adotam o threat hunting contínuo como parte do xMDR observam benefícios claros em poucos meses:
1. Redução de riscos ocultos
Casos comuns encontrados em hunting:
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Admins desconhecidos adicionados a grupos críticos
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Persistência silenciosa após ataque de phishing
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Extração de dados por canais legítimos (exfiltração lenta)
2. Melhoria da postura defensiva
Cada ciclo de hunting gera:
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Lições aprendidas
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Ajustes de alertas
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Criação de novas regras no SIEM
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Reforço de controles (MFA, segmentação, logging)
3. Ganho de contexto para resposta a incidentes
Ao caçar proativamente, a equipe conhece melhor os caminhos de ataque mais prováveis e pode reagir com mais precisão.
4. Validação dos controles existentes
O hunting também detecta onde não há visibilidade: endpoints sem EDR, logs ausentes, ou alertas ineficazes.
Exemplo prático: detecção silenciosa via hunting
Cenário: empresa do setor financeiro, com tráfego criptografado e múltiplos usuários com privilégios elevados.
Hipótese de hunting:
"Usuários administrativos estão sendo usados fora do expediente, com padrões diferentes do normal."
Execução:
Threat hunters executaram queries nos logs de autenticação, cruzaram com horários esperados e buscaram por falhas de MFA.
Resultado:
Detectada tentativa de uso lateral de credencial comprometida, vinda de uma estação não autorizada. O acesso foi bloqueado preventivamente, antes da execução de payload.
Conclusão: threat hunting contínuo é ação, não reação
No cenário atual, confiar apenas em alertas automáticos é insuficiente. O threat hunting contínuo permite identificar ataques em fase inicial, reduzir exposição e melhorar a postura defensiva antes que ocorra um incidente grave.
Na Cipher, o hunting não é pontual nem limitado a clientes premium. Ele é parte da entrega padrão do xMDR, com metodologia estruturada, ferramentas avançadas e foco em resultados práticos.
Quer ver como o hunting funciona na sua operação?
Agende uma demonstração do xMDR com foco em threat hunting e entenda como a Cipher pode aplicar hipóteses reais ao seu ambiente.
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