MSS ou ferramentas internas? Quando terceirizar a segurança?

Empresas que investem em cibersegurança inevitavelmente encaram a mesma pergunta: vale mais a pena montar e operar tudo internamente ou contratar um provedor de MSS (Managed Security Services)?
Com a pressão por redução de custos, escassez de profissionais no mercado e uma superfície de ataque cada vez maior, essa decisão não é trivial.
Neste artigo, apresentamos um guia prático para CFOs e CTOs decidirem quando e por que terceirizar a segurança de TI, com base em:
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Custos totais de propriedade (TCO)
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Riscos operacionais e de compliance
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Disponibilidade de talentos no Brasil
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Modelos híbridos e flexíveis de segurança gerenciada
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Matriz de decisão aplicável ao seu cenário
Por que essa decisão é estratégica?
A segurança cibernética deixou de ser uma questão técnica. Hoje, é uma decisão de investimento, com impacto direto no negócio, na reputação e na continuidade operacional.
Manter tudo internamente pode significar:
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Custos altos com folha CLT e encargos
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Dependência de talentos escassos e difíceis de reter
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Curva longa de maturidade em processos e ferramentas
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Visibilidade limitada em ambientes multicloud e remotos
Terceirizar com MSS pode trazer:
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Redução de custo com escala e padronização
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Equipe 24×7 já pronta e certificada
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SLAs definidos e mensuráveis
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Foco interno em estratégia, não operação
Mas não existe resposta única. Por isso, vamos à comparação real.
O cenário do Brasil: falta talento e sobra risco
Um estudo da Gartner apontou que o Brasil terá um déficit de mais de 530 mil profissionais de tecnologia até 2025, sendo segurança cibernética uma das áreas mais críticas.
O reflexo disso é:
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Vagas abertas por meses sem preenchimento
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Turnover elevado em times internos de SOC
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Salários inflacionados para reter talentos
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Perda de know-how em incidentes complexos
Ao terceirizar, a empresa acessa imediatamente uma equipe especializada, com rodízio, cobertura 24×7 e ferramentas já operando, sem risco de vacância crítica.
Comparativo: segurança interna x MSS
Critério |
Equipe Interna |
MSS (Terceirizado) |
Custo inicial |
Alto (contratações, licenças, infraestrutura) |
Baixo (modelo sob demanda) |
Custo recorrente |
Alto (salários + encargos + manutenção) |
Fixo ou previsível |
Disponibilidade 24×7 |
Difícil de manter |
Incluída |
Acesso a especialistas |
Limitado |
Imediato |
Curva de maturidade |
Lenta (meses ou anos) |
Rápida (semanas) |
Escalabilidade |
Limitada |
Alta |
Gestão de risco e SLA |
Interno, sem garantias |
Contratual e rastreável |
Foco da equipe interna |
Operacional |
Estratégico |
Matriz de decisão: quando terceirizar a segurança de TI?
Use a matriz abaixo para analisar se o seu cenário favorece a terceirização:
Eixo 1: Complexidade do ambiente
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Multicloud, endpoints remotos, múltiplas filiais = Alta complexidade
Eixo 2: Capacidade interna de operação
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Equipe enxuta, rotatividade, falta de 24×7 = Baixa capacidade
Eixo 3: Pressão por custos ou otimização
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Corte de OPEX, busca de eficiência = Pressão alta
Se dois ou mais eixos forem críticos, a terceirização via MSS tende a ser a escolha mais eficiente e segura.
Custos ocultos de manter tudo internamente
Muitos CFOs olham apenas para o “custo de contrato” do MSS, mas ignoram os custos ocultos da estrutura própria:
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Treinamento contínuo
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Ferramentas que não integram entre si
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Ausência de cobertura em férias/folgas
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Riscos trabalhistas e legais
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Multas por falhas de compliance (LGPD, ISO, Bacen, etc.)
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Tempo perdido na triagem de falsos positivos
O MSS transforma custos variáveis em serviço gerenciado com SLA e previsibilidade.
O modelo híbrido: o melhor dos dois mundos
Empresas maduras muitas vezes não terceirizam tudo. Um modelo híbrido permite:
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Ter MSS para a operação 24×7, triagem, hunting e resposta a incidentes
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Manter equipe interna focada em estratégia, compliance e tomada de decisão
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Compartilhar dashboards e regras de alerta entre MSSP e CISO
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Agilizar auditorias e relatórios executivos com suporte externo
Esse modelo alinha controle interno com eficiência operacional, sem comprometer visibilidade ou autonomia.
Exemplo prático: empresa de tecnologia com SOC interno limitado
Desafio: empresa com time de TI multitarefa, sem cobertura noturna e dificuldade para responder a incidentes complexos.
Solução:
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Terceirização da detecção e resposta via MSS
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Integração com SIEM e ferramentas internas
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Relatórios mensais com KPIs para diretoria
Resultado em 90 dias:
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Redução de 80% no tempo de resposta a incidentes
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Aumento de visibilidade com dashboards consolidados
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Liberação da equipe interna para projetos estratégicos
Conclusão: terceirizar não é abrir mão, mas sim, ganhar foco
Terceirizar segurança TI não significa perder controle. Significa assumir controle real sobre riscos, custos e resultados, com apoio de especialistas, processos maduros e operação contínua.
Para CFOs e CTOs, é uma decisão de negócios — e o MSS certo oferece mais do que proteção: oferece eficiência, previsibilidade e escalabilidade, com ROI real.
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